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quinta-feira, 5 de julho de 2012

VIRTUDE E NATUREZA HUMANA PARA KANT

PROJETO LEITURA FILÓSOFICA DO PIBID / FILOSOFIA / UFMA


UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE LICENCIATURA EM FILOSOFIA

  
PIBID / CAPES

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA

SUBPROJETO LEITURA FILOSÓFICA






São Luis
2012
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“Talvez possamos dizer que a filosofia é igual às outras formas de conhecimento, porque ela é um conjunto de procedimentos da consciência humana que, ordenados de certa forma, procuram produzir respostas, o mais garantidas possíveis, para questões com as quais os seres humanos se deparam em suas vidas, ou para questões que eles se fazem quando se põem a pensar mais atentamente” (LORIERI).

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SUMÁRIO


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 1 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

 1.1  Título: Leitura Filosófica

1.2          Membros: Abiasleia Almeida, Denise Araújo, Deysielle Costa das Chagas, Fábio Coimbra, Jardelma Alves de Araújo, José Roberto Carvalho da Silva, Lídia Maria Correia Valois, Priscila de Oliveira Silva, Rafael de Sousa Pinheiro.

1.3  Instituição: Universidade Federal do Maranhão

1.4 Programa: Bolsa de Iniciação à Docência

1.5 Mantenedora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

1.6  Escola campo: Complexo Educacional Governador Edson Lobão (CEGEL)

1.7  Supervisor da escola: Profa. Sâmia Lima

1.8 Coordenador do PIBID/Filosofia: Prof. Dr. Almir Ferreira Junior

1.9  Curso: Filosofia
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 2 INTRODUÇÃO

O PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) é um programa da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) voltado, especificamente, para os cursos de graduação em licenciatura no intuito promover assim a difusão dos seus valores e dignidades enquanto partes constitutivas do processo educacional como no todo. Desse modo, é válido ressaltar que um dos intentos do programa consiste em proporcionar uma convivência maior dos graduandos com o cotidiano da função docente. Igualmente, de forma inovadora e diversificada, visa construir e apresentar propostas estimulantes e transformadoras, que possam – de algum modo (por meio de um processo de interferência) – complementar, ou atender as necessidades do processo ensino-aprendizagem das escolas da rede pública para fins de construção de uma educação diferenciada e que corresponda aos fins da educação básica tal como exposta na LDB 9394/96. Cabe ainda aqui salientar uma das características fundamentais do programa que é a de oferecer aos futuros professores a participação em experiências metodológicas e práticas docentes.
Para fins de produção de melhores resultados, o PIBID/Filosofia da UFMA composto de um total de 20 (vinte) membros (ou bolsita) dividiu-se em dois subgrupos constituídos de 10 membros que desenvolvem atividades em duas escolas da rede publica estadual de educação básica. Os dois subgrupos trabalham atualmente com dois subprojetos versando, um, sobre “Filosofia e Arte” e, outro, sobre “Leitura Filosófica”. É com este ultimo que aqui nos ocuparemos buscando precisar seus detalhas, objetivos, metodologias e fundamentos. Em suma, buscaremos lançar mão de seus pressupostos para mostrar a consistência de sua proposta.
Do ponto de vista dos primeiros resultado, o projeto “Leitura Filosófica” (que é uma proposta do subgrupo dos 10 pibidianos que desenvolve atividades no CEGEL – Colégio Estadual Governador Edson Lobão, em São Luís.) foi pensado no sentido de ser, em princípio, uma proposta de trabalho didático com “Oficina de Leituras Filosóficas”, por meio da análise de obras de filósofos e outros textos em geral, tendo como finalidade sensibilizar os alunos à prática da problematização filosófica. Esta proposta surgiu após observações e aplicação de questionários em sala de aula, com objetivo de analisar a relação dos alunos com as aulas de filosofia dentre outras metas. Então, a partir do diagnóstico percebeu-se que para os alunos daquela escola (CEGEL), as aulas de filosofia parecia algo estranho a sua realidade. Nesse sentido, levantou-se a hipótese de que a razão disso (ou uma das) devia-se à carência de leitura e de reflexão suficiente – por parte dos alunos – para perceber que a filosofia não dista de suas realidades e que, portanto, se bem trabalhada, não deve aparece algo estranho. Nessa perspectiva, o grupo “Leitura Filosófica” decidiu rever e reformular a sua proposta de trabalho. Após varias discussões, a proposta foi amadurecida e, finalmente, ampliada.
Expandida sua meta, o alvo do grupo passou a ser uma proposta de leitura filosófica a cerca de múltiplos elementos como, por exemplo, textos, músicas, vídeos, filmes, etc. Desse modo, a proposta do grupo transcendia uma simples atividade de leitura de textos filosóficos, os quais, descontextualizados, implicam em peso para os alunos que – não tendo vivido ainda uma profunda experiência conceitual com os textos e a história da filosofia – acabam muitas vezes por não entender nada (o que não deixa de ser uma das razões pela quais eles concluem pelo distanciamento entre a filosofia e suas malhas sociais).
Dados esses entraves, uma das primeiras preocupações do grupo “Leitura Filosófica” consistiu em reverter esse quadro. Para isso procurou-se tomar como apoio os pensadores, ou teóricos do ensino da filosofia no ensino médio. Uma das propostas que aqui cabe destacar é a de Silvio Gallo que propõem a organização da aula de filosofia em quatro momentos, sendo que cada um se constitui como pré-requisito para o outro. O primeiro é a sensibilização, o segundo, a problematização, o terceiro a investigação e, o quarto, a conceituação. Pela proposta de Galo, o texto só entra no ultimo momento da aula de filosofia. Ou seja, o texto é (ou deve ser) apenas uma forma de complemento a reflexão e ao aprendizado. Se bem trabalhada, a proposta de Gallo pode fazer aparecer efeitos positivos e imediatos. Cremos que um dos nossos atuais desafios é justamente o de por isso em prática. Para tanto, não podemos perder de vista as metodologias vigentes, isto é, as atuais e mais utilizadas. Igualmente relevante é mantermo-nos a par dos novos resultados dos pesquisadores dessa linha. Certamente é grande o nosso desafio que, nem por isso, abate nossos ânimos.


Afirma-se constantemente que o surgimento da filosofia se dá no espanto, o thaumázein grego. No entanto, como questiona Silvio Gallo e Walter Kohan, esse tipo de afirmativa se torna inadequada numa sociedade espetaculosa, onde o espanto está mais para uma ferramenta de consumo do que para uma “expressão de uma subjetividade privilegiada admirada perante o espetáculo do mundo”.
            Vivemos numa sociedade massificada, marcada pelos avanços tecnológicos e pela atuação da mídia que tem contribuído para transformar o espanto em rotina. Mas o que esse mercado de consumo ainda não conseguiu fazer foi acabar com a insatisfação perante o estado de coisas.

Há uma linha comum na origem do filosofar socrático-platônico e o que leva muitas pessoas à filosofia: algo não está bem na ordem social; há mal-estar e insatisfação diante de nossa vida em sociedade. (GALLO; KOHAN, 2000. p.187)

É nessa insatisfação com a aparente ordem social que está a raiz do filosofar, enquanto ato de pensar a partir de uma inquietação dada. Diante deste aspecto, a filosofia (enquanto produto do espanto e do filosofar) assume um papel transformador à medida que sua construção pressupõe uma atividade de pensamento crítico através do qual tudo é questionado. É nesse ensejo que se faz necessária uma leitura filosófica (leia-se uma leitura crítica) da realidade.
Pensada dentro dos parâmetros pedagógicos do ensino da filosofia no ensino médio, essa prática de leitura filosófica assim pensada vem à luz como uma meta a ser implantada, ou somada às que existem. Ademais, cremos que essa implantação porta um caráter revolucionador à medida que modifica a estrutura de percepção do mundo e da realidade. Desse modo, acreditamos que é justamente nesse aspecto que a proposta de leitura filosófica e quanto reflexão crítica (ou, talvez, sua implantação) se nos mostra aqui como revestida de um desafio a ser superado.
Movidos pelo desejo de colaborar na construção de um processo ensino-aprendizagem voltado à aquisição de um aprendizado consistente, foi que pensamos em um trabalho voltado para a leitura filosófica não só de textos filosóficos, mas também de uma série de elementos que vão da música ao cinema, como forma de interpretação da realidade.


2.1 OBJETIVO GERAL: Desenvolver prática de leituras como experiências de reflexão filosófica.

  2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Ø  Ler textos filosóficos de modo significativo;
Ø  Ler de modo filosófico textos de diferentes estruturas e registros, bem como músicas, filmes, etc;
Ø  Estabelecer a interação entre a leitura filosófica e a realidade do aluno. 


O PIBID tem por finalidade colher resultados relevantes em relação ao processo ensino-aprendizagem em Filosofia no Ensino Médio. Desse modo, esta proposta de trabalho endossa a concepção de que o entendimento da realidade do aluno se constitui (ou pode se constituir) como ponto de partida fundamental em direção à meta que se pretende atingir. Neste sentido, exaltamos e buscamos lançar mão de algumas teorias educacionais. Uma delas é a pedagogia kantiana, a partir da qual percebe-se que educar não é uma ação que convém a todos, mas, especificamente, àqueles que portam aptidões necessárias para entrar na alma do aluno (leia-se – aqui –: o mundo do aluno, o seu contexto histórico existencial, sua realidade, seus conflitos, suas alegrias e suas tristezas). Em outros termos (e em analogia) significa isto que o mundo do aluno é como uma casa de portas fechadas na qual só pode entrar aquele que está em posse da chave que lhe abre as portas.
Além das referidas acima, julgamos também relevante – para fins de enriquecimento da proposta de leitura filosófica – as questões referentes ao ensino de filosofia tal como tratadas por Alejandro Cerletti em sua obra O ensino de filosofia como problema filosófico, na qual discorre sobre a implementação de alguns recursos didáticos planejados no sentido de facilitar a atividade docente. De acordo com ele, “o ponto de início será refletir sobre o problema que está na base: o que se entende por ensinar filosofia [...]”. Cremos que a discussão referente a esse problema está apta a ajudar na elaboração de melhores propostas de trabalho na medida em que potencializa a construção de uma concepção ou de um significado para o ensino de filosofia, neste caso, no ensino médio.
À medida que o PIBID incentiva à docência, consideramos digna de apreciação a concepção de Cerletti segundo a qual, “ensinar implica assumir um compromisso e uma responsabilidade muito grande, [e que] um bom docente será aquele que se situa a altura dessa responsabilidade [...].” e ainda, “[que] os melhores professores são aqueles capazes de ensinar em condições diversas”. Significa isso que terão que repensar sempre “no seu dia a dia os próprios conhecimentos”. Acreditamos essas interpretações contemplam não somente a proposta de leitura filosófica (na medida em que se propõe auxiliar os alunos na interpretação e compreensão de suas realidades), mas também todo o PIBID em seu propósito de incentivo à docência.
Complementarmente, dispomos de outras relevantes referências teóricas, das quais não podemos aqui abrir mão. Entre estas destacamos Walter Kohan (já referido), Marilena Chauí e Silvio Gallo (também já referido) dentre outros. Trata-se de estudiosos da área da educação, indubitavelmente, aptos a contribuir para o enriquecimento do projeto Leitura Filosófica, na medida em que pretende instigar o aluno a fazer uma leitura crítica da realidade que lhe circunda. A leitura crítica (ou filosófica) aqui referida não se trata apenas de uma leitura de simples textos. É, além disso, ler tudo que lhe demonstra sentido, como por exemplo, um filme, uma imagem, uma situação, uma história ou estória, uma música, e assim por diante. Não mantemos, portanto, o foco na mera explicação de conteúdos, mas sim no estabelecimento de uma relação destes com a realidade dos alunos. Nesse sentido, Kohan (2009, p. 24) – apontando Sócrates como modelo de professor de filosofia – refere que “[...] este não concebe a filosofia como um saber, mas como uma relação com o saber, com base na qual uma série de práticas pode desenvolver-se”.
Dado que a proposta de leitura filosófica constitui – em sua essência – um esforço empreendido no sentido de superar o distanciamento que há entre a filosofia e a realidade dos alunos (tal como diagnosticado), aportar-nos-emos em alguns pressupostos hermenêuticos (especificamente ricoeurianos) para sustentarmos a idéia de que é na superação dessa distância – que medeia o contexto do autor e a do leitor – que o texto escrito a tanto tempo pode ter sentido para o aluno. Desse modo, cumpre ressaltar que a proposta de leitura filosófica não exclui a atividade interpretativa uma vez que a leitura nunca deixa de ser uma forma de interpreção. E, sendo assim, o projeto vale-se também do método hermenêutico.
É válido lembrar que o leitor – ao entrar em contato com o texto – traz consigo suas experiências, vivências, convicções, enfim, sua bagagem intelectual, que lhe servirá de base para a compreensão da mensagem. Em contrapartida, o autor também imprimiu no texto suas vivencias. Nessa perspectiva, ler é nada mais que um empreendimento no intuito de aproximar dois mundos diferentes em que um não anula o outro, como esclarece Roger Chartier (1996, p. 78): “[ler é] antes de mais nada dá a leitura o estatuto de uma prática criadora, inventiva, produtora e não anulá-la ao texto lido, como se o sentido desejado por seu autor devesse inscrever-se no espírito de seus leitores”. Cabe ressaltar que estar no mundo é estar submetido a uma praticar de leitura que se faz constante. Pois, a cada instante é necessário refletir, adquirir novas ideias, reforçar ou abandonar convicções, o que fazemos tanto pelo uso da razão quanto da imaginação.
Cumpre destacar que em nossa proposta de leitura filosófica não julgamos fidedigna e nem relevante a necessidade de doutrinar os alunos com filosofias. Antes, apraz-nos a ideia de auxiliá-los na busca, ou na construção, daquilo que – em sentido próprio – denominamos autonomia. E isto, sem dúvida, confere sentido da filosofia na prática educacional.
Para fins de esclarecimento, convém precisar que o que chamamos aqui de autonomia é, para melhor compreensão, o caráter voluntário e participativo do aluno. A participação do aluno é um dos grandes desafios da “Leitura Filosófica”, é uma constante em nossas atividades, e por isso precisamos situar o aluno no seu lugar enquanto indivíduo que tem algo a dizer, para – a partir de suas experiências – podermos dar início ao processo de reflexão. E isso só é possível num ambiente democrático, onde não há inibição de nenhuma das partes.
Desse modo o aluno precisa estar livre para dizer “não”, numa postura negativa ao senso comum. Esta postura “negativa” é denominada por CHAUÍ (2000) de primeira fase da postura crítica filosófica; a segunda postura é a chamada “positiva”, isto é, uma indagação sobre o que são as coisas, os fatos, os valores, etc. Nessa perspectiva, Chauí (2000, p. 9) refere:

Ao tomar essa distância, estaria interrogando a si mesmo, desejando conhecer por que cremos no que cremos, por que sentimos o que sentimos e o que são nossas crenças e nossos sentimentos. Esse alguém estaria começando a adotar o que chamamos de atitude filosófica. (grifo da autora).

É valido dizer que o que se busca com este projeto de Leitura Filosófica é muito mais que aquilo que aqui poderíamos chamar de uma simples decodificação de signos e interpretações de mensagens. Para alem disso, pretende-se uma leitura de mundo, ou seja, de tudo aquilo que está direta ou indiretamente relacionado à vida cotidiana. Assim, a prática de leitura que propomos aqui constitui um projeto audacioso na medida em que – transcendendo os textos – se propõe a ser também uma proposta de leitura de poemas, de um quadro, uma ilustração dentre outros. Desse modo, o que se busca é nada mais que a criação de circunstâncias favoráveis para que o aluno se dê conta da relevância da filosofia ao entendimento do seu cotidiano e de si à medida que lhe possibilita uma auto compreensão enquanto individuo singular e social. Esta leitura pode se dar tanto na escola, quanto em casa vendo o noticiário, lendo uma poesia, assistindo a um filme, ou escutando uma musica. É nesse contexto que se faz possível uma leitura critica da realidade por parte do aluno na medida em que pensa sobre ela. Será justamente nesse aspecto que o projeto Leitura Filosófica cumprirá os objetivos e metas a que se propôs perseguir. 
Em suma, vale aqui referenciar Kant: “não se ensina filosofia, ensina-se a filosofar”. E ainda, “os alunos devem ir à escola não para aprender pensamentos dos outros, mas para aprender a pensar”. Certos de que um dos objetivos da educação é formar o cidadão para a vida em sociedade, mover-nos-emos pelo princípio de que a filosofia – em sendo aqui uma leitura de mundo – tem muito a contribuir no que a isso diz respeito. Destarte, percebe-se que o conceito de leitura – tal como apresentado – é amplo e não se restringe a um determinado ato.

 6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Tomar-se-á como ponto de partida, uma pesquisa bibliográfica e leitura sistemática, de autores que trabalhem a questão da “Leitura Filosófica”, bem como, de material didático e quaisquer outros pertinentes ao tema proposto. Nesse sentido, as estratégias de pesquisa se desenvolverão, em princípio, com base em livros, artigos, material da internet, monografias, e outros documentos relacionados a essa temática.
Posteriormente, a metodologia consistirá em uma intervenção por meio da aplicação de textos, músicas, dinâmicas, vídeos e ilustrações que estejam sempre relacionados com o conteúdo de filosofia a ser trabalhado em sala de aula.
Através destes aplicativos, buscaremos artifícios que possam levar os alunos ao exercício reflexivo e prático da leitura filosófica a partir de uma compreensão transformadora da atividade do pensar para além da sala de aula, ou seja, praticar a leitura que os façam perceber elementos que estejam diretamente no seu próprio convívio social. Desse modo, para fins de enriquecimento metodológico, tomaremos como apoio duas etapas iniciais do método do filósofo educador Sílvio Gallo, a saber, a sensibilização (momento essencial na atividade do pensar filosófico e que prepara os alunos para a etapa posterior) e a problematização (momento em que se objetiva transformar o tema da aula em problema, no intuito de promover a participação dos alunos a partir de questionamentos por eles suscitados). Nossa estratégia – ao lançar mão desses elementos – será promover uma articulação entre os conteúdos trabalhados em sala e o contexto existencial dos alunos para que eles vejam que a filosofia não é algo tão distante assim de suas realidades.
Cumpre ressaltar que o método de estudo utilizado durante o desenvolvimento desse projeto pode ser denominado de método hermenêutico. Consiste este na interpretação de obras (textos, músicas, dinâmicas, vídeos e ilustrações) escolhidas de acordo com as questões propostas, as quais venham fundamentar o tema e elucidar as questões abordadas ao longo do desenvolvimento do mesmo.


Centro de Ensino Governador Edson Lobão – CEGEL
Professora (Supervisora): Sâmia Lima
Plano de Curso – Filosofia - 1° Ano matutino


1.    Atitude Filosófica;
2.    O que é Filosofia;
3.    A origem da Filosofia;
4.    Períodos e campos de investigação da filosofia grega;
5.    Principais períodos da História da Filosofia;
6.    Aspectos da Filosofia Contemporânea;

7.    Os vários sentidos da palavra;
8.    A atividade racional e suas modalidades;
9.    A razão: inata ou adquirida?
10. A razão na Filosofia Contemporânea;
11. Ignorância e verdade;
12. Buscando a verdade.

 REFERÊNCIAS
  
CHARTIER, Roger. A história ou a leitura do tempo. Tradução de Cristina Antunes. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009.

__________. Práticas da Leitura. Trad. Cristiane Nascimento. São Paulo: Estação Liberdade, 1996.

_________. Os livros resistirão às tecnologias digitais.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da filosofia: História e grandes temas. São Paulo: Saraiva 2006.

FABBRINI, Ricardo Nascimento. O ensino de filosofia: a leitura e o acontecimento.

GADAMER, H. G. Arte y Verdad de la Palabra. Vilard: Paidos Iberica, 1998.

GALLO, Sívio; KOHAN, W. Omar (org.). Filosofia no ensino médio. Petrópolis: Vozes, 2000.  

GOMES, Erick Vinicius Santos. A educação na ética kantiana. In: Filosofia: Ciência & Vida, nº 32, ano 2009, p. 8-15.

LORIERI, Marcos Antônio. Filosofia no ensino fundamental. São Paulo: Cortez, 2002.

RICOEUR, Paul. O Conflito das Interpretações: ensaios de hermenêutica.
Lisboa: Rés Editora, 1988.

SALOMON Marlon Jeison. Roger Chartier e a Atualidade da Ciência.

SILVEIRA, Renê J. T; GOTO Roberto (orgs). Filosofia no Ensino Médio: temas, problemas e propostas. São Paulo: Loyola, 2007. (Coleção filosofar é preciso)

SOARES, Magda. NOVAS PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA: letramento na cibercultura.

SOUZA, Thaís, Rodrigues de. O ensino de filosofia e a viabilidade do uso de textos filosóficos no nível médio.

STRIQUER, Marilúcia dos Santos Domingos. O MITA DA CAVERNA: uma leitura semiótica proposta a alunos do ensino médio.

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Os autores


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ABIASLEIA COSTA ALMEIDA
Graduanda do sétimo período em Filosofia pela Universidade Federal do Maranhão

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DENISE ARAÚJO
Graduanda do oitavo período em Filosofia pela Universidade Federal do Maranhão

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DEYSIELLE COSTA DAS CHAGAS
Graduanda do quarto período em Filosofia pela universidade Federal do Maranhão

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FÁBIO COIMBRA
Graduando do sétimo período (fatorial) em Filosofia pela Universidade Federal do Maranhão
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JARDELMA ALVES DE ARAÚJO
Graduanda do oitavo período em Filosofia pela Universidade Federal do Maranhão

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JOSÉ ROBERTO CARVALHO DA SILVA
Graduando do quarto período em Filosofia pela Universidade Federal do Maranhão

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LÍDIA MARIA CORREIA VALOIS
Graduanda do oitavo período em Filosofia pela Universidade Federal do Maranhão; é bolsista do PIBIC e bolsista voluntária do PIBID
E-mail: lidiavalois@hotmail.com


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NATHALIA SALAZAR
Graduanda do oitavo período em Filosofia pela Universidade Federal do Maranhão

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PRISCILA DE OLIVEIRA SILVA
Graduanda do quarto período em Filosofia pela Universidade Federal do Maranhão

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RAFAEL DE SOUSA PINHEIRO
Graduando do sexto período (fatorial) em Filosofia pela Universidade Federal do Maranhão